O que é migração ao vivo?
A migração ao vivo é o processo de mover uma máquina virtual (VM) de um host para outro sem interromper o acesso a ela. O breve intervalo entre pausar a VM antiga e iniciar a nova, evita interrupções no serviço durante as migrações. A migração ao vivo é usada, por exemplo, em manutenções planejadas ou para equilibrar os recursos das cargas de trabalho. Ela envolve a transferência da memória, da conectividade de rede e do armazenamento da VM para um novo destino dentro do cluster.
Quais são os tipos de migração de VM?
Há várias maneiras de migrar máquinas virtuais, sendo a migração ao vivo e a migração a frio as duas mais comuns.
Migração ao vivo
Neste tipo de migração, a VM continua em execução na máquina host de origem enquanto as páginas de memória são transferidas para o host de destino. Quando o processo está quase concluído, a VM é pausada rapidamente e reiniciada no host de destino. Como as VMs não são encerradas na migração ao vivo, o downtime é mínimo ou imperceptível. Por isso, essa é uma ótima opção para VMs que exigem uptime contínuo. No entanto, se as páginas de memória forem modificadas mais rápido do que a velocidade da transferência, como ocorre em VMs com grande volume de entrada e saída (E/S), deverá ser usada a migração a frio.
Migração a frio
Este tipo de migração não ocorre em tempo real. Nesse caso, antes da transição do host de origem para o host de destino, a VM em execução é encerrada. Com a VM desligada, a configuração e a memória são copiadas para o host de destino. Em seguida, a VM é reiniciada no novo host. Isso gera downtime, deixando seu sistema temporariamente indisponível ou inoperante. No entanto, este é um processo de migração confiável, ideal para VMs com alto consumo de memória.
Migração ao vivo
Este tipo de migração reduz o downtime, replicando a maior parte dos dados da VM na etapa de pré-copia enquanto as VMs estão em execução. Durante a etapa de transição, as VMs são interrompidas, e o resto dos dados é copiado.
Recursos da Red Hat
Quais são os motivos para migrar VMs?
A migração de VMs pode ser útil para:
- Balanceamento de carga: é possível migrar as VMs quando um host está sobrecarregado ou subutilizado. Isso aumenta a capacidade e o desempenho de rede das VMs.
- Independência de hardware: esse processo é facilitado pelo hipervisor, que isola o sistema operacional e os recursos da VM. Como são executadas em ambientes isolados, as VMs não dependem de um hardware específico. Em várias situações, é possível migrar a VM de um hardware para outro sem downtime. No entanto, há limitações, como ao alternar entre arquiteturas de CPU.
- Economia de energia:: é possível redistribuir VMs para outros hosts, permitindo desativar os sistemas com pouca carga para economizar energia e reduzir os custos nos períodos de baixa utilização.
- Migração geográfica: é possível mover as VMs para outro local físico a fim de reduzir a latência ou por outros motivos, como balancear a tolerância a falhas ou recuperação de desastres.
Quais são as ferramentas de migração ao vivo mais conhecidas?
Todas as plataformas de virtualização conhecidas oferecem ferramentas de migração ao vivo Algumas dessas tecnologias incluem:
Migração ao vivo do Red Hat® OpenShift® Virtualization: baseado no projeto KubeVirt, o OpenShift Virtualization traz uma ferramenta de migração ao vivo integrada. Ela move a máquina virtual de um nó para outro no cluster do OpenShift.
VMware vSphere vMotion: o vSphere vMotion, processo de migração ao vivo do VMware, elimina o downtime ao mover a VM em execução de um servidor físico para outro.
Hyper-V do Microsoft Windows Server: na funcionalidade Hyper-V do Windows Server, a migração ao vivo move as VMs de um host do Hyper-V para outro.
Nutanix: a funcionalidade de migração ao vivo do Nutanix AHV move uma VM guest de um host AHV para outro host ou cluster AHV quando o host escolhido tem recursos disponíveis.
Migração ao vivo passo a passo
A migração ao vivo tem várias etapas. Elas podem variar de acordo com a plataforma e os casos de uso, mas objetivo do processo é o mesmo. Confira abaixo as etapas da migração ao vivo no OpenShift Virtualization.
Etapa 1: preparação
O nó de origem prepara a VM para a migração, e o scheduler no nível do cluster (neste caso, o scheduler do OpenShift) escolhe o nó de destino desejado. A migração ao vivo depende de armazenamento compartilhado. Isto é, os nós de origem e de destino acessam, ao mesmo tempo, o local onde a imagem da VM está armazenada.
Etapa 2: solicitação
Em seguida, o nó de origem inicia a solicitação de migração para o nó de destino. O nó de destino começa a carregar a imagem da VM e reserva o tamanho correto do container. Essa etapa também exige uma plataforma de virtualização para redistribuir os recursos das VMs entre os dois ambientes e executá-las sem interrupção. Se não houver recursos disponíveis, a VM continuará em execução no nó de origem, sem impacto.
Etapa 3: transferência
O hipervisor, um software que cria e executa VMs, copia a memória do nó de origem para o nó de destino. Ambos os nós têm uma cópia pausada da VM, mas o nó de origem é considerado como principal, de modo a permitir que a migração continue em caso de falha.
Etapa 4: finalização
Após a transferência, o nó de destino sinaliza ao nó de origem que recebeu a imagem do sistema operacional e executou o processo de migração. Nesse momento, o nó de destino se torna o principal. Com isso, o nó de origem pode encerrar a VM original.
Etapa 5: conclusão
Com um novo nó primário, a migração ao vivo é concluída. A VM migrada é executada no nó de destino, e as operações são realizadas normalmente.
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Vídeo no YouTube: Is OpenShift Virtualization right for your VMs? Duração do vídeo: 1:57
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